
Perfil
- Portifolio: Projeto Pya Guapy
- Este blog, é um portifólio do grupo Pya Guapy, mostrando os ensaios, apresentações culturais e crescimento na aprendizagem.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
sábado, 9 de agosto de 2008
Reviro, gostoso hummmm!
Muitos indígenas preparam de manhã o reviro, a Regina me ensinou a fazer: Molhar um pouco da farinha de trigo na água, pôr sal a gosto, deixar a panela no fogo esquentar bem, depois acrescentar um pouco de óleo( bem quente), jogar a farinha dentro e ir mexendo, depois com o garfo ir amassando dentro enquanto frita. Uma delíciaaaaaa!!!!

Texto: é índio ou não é índio?

SER ÍNDIO OU NÃO ÍNDIO?
Tomei o metrô rumo à praça da Sé. Eram meus primeiros dias em São Paulo, e eu gostava de andar de metrô e ônibus. (...)
Nessa ocasião a que me refiro, ouvi o seguinte diálogo entre duas senhoras que me olharam de cima para baixo quando entrei no metrô:
_ Você viu aquele moço? Parece que é índio - disse a senhora A.
_É, parece. Mas eu não tenho tanta certeza assim. Não viu que ele usa calça jeans? Não é possível que ele seja índio usando roupa de branco. Acho que ele não é índio de verdade - retrucou a senhora B.
_É, pode ser.Mas você viu o cabelo dele? É lisinho, lisinho. Só índio tem cabelo assim, desse jeito. Acho que ele é índio, sim - defendeu-me a senhora A.
- Sei não. Você viu que ele usa relógio? Índio vê a hora olhando pro tempo. O relógio do ìndio é o sol, a lua, as estrelas... Não é possível que ele seja índio- argumentou a senhora B.
-Mas ele tem olho puxado-disse a senhora A.
- E também usa sapatos ironizou a senhora B.
-Mas tem maçãs do rosto muito salientes. Só os índios têm rosto desse jeito. (...)
- Não acredito. Não existem mais índios puros - afirmou cheia de sabedoria a senhora B. - Afinal, como um índio poderia estar andando de metrô? Índio de verdade mora na floresta. carrega arco e flechas, caça e pesca e planta mandioca. Acho que não é índio coisa nenhuma.

Munduruku, Daniel. Histórias de índio. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1996.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Mais Ensaios do Pya Guapy

Mais um dia de ensaio, foi muito produtivo, pois tivemos mais idéias, uma delas foi produzir uma nova camisa com os dizeres: Pya Guapy, em defesa do Pantanal.
O choro do pantaneiro 
O índio chorou / o branco chorou
Pantaneiro está chorando
Minhas terras estão queimando
Ai! Ai! Que dor / ai! Ai! Que horror!
O meu pé de sapopema
Minha infância virou lenha
Ai! Ai! Que dor / ai! ai! que horror!
Lá se vai o tuiuiú fugindo desta queimada
E não vai mais voltar
Lá se vai a onça pintada correndo desta queimada
E não vai mais voltar
Lá se a macacada junto com a passarada
Pra nunca mais voltar / pra nunca mais
Nunca mais voltar
Virou deserto o Pantanal / meu rio secou
Pra onde eu vou ô ô ô ô / pra onde eu vou
Eu vou convidar a minha gente pra fazer uma corrente
E ao mundo declarar / declarar
Nada de queimada a vida agora é respeitada
E todo mundo vai cantar
Nosso futuro assim, está garantido
Matar a mata não é permitido

O índio chorou / o branco chorou
Pantaneiro está chorando
Minhas terras estão queimando
Ai! Ai! Que dor / ai! Ai! Que horror!
O meu pé de sapopema
Minha infância virou lenha
Ai! Ai! Que dor / ai! ai! que horror!
Lá se vai o tuiuiú fugindo desta queimada
E não vai mais voltar
Lá se vai a onça pintada correndo desta queimada
E não vai mais voltar
Lá se a macacada junto com a passarada
Pra nunca mais voltar / pra nunca mais
Nunca mais voltar
Virou deserto o Pantanal / meu rio secou
Pra onde eu vou ô ô ô ô / pra onde eu vou
Eu vou convidar a minha gente pra fazer uma corrente
E ao mundo declarar / declarar
Nada de queimada a vida agora é respeitada
E todo mundo vai cantar
Nosso futuro assim, está garantido
Matar a mata não é permitido
domingo, 20 de julho de 2008
LETRAS DE MÚSICAS
MÚSICAS (contadas pelas indígenas: Laudicéia, Lucinara, Maísa, Suiéli, autor das melodias, Claudionor Barbosa)
A PAZ
Para se viver a paz
Basta abrir o coração
Respeitar a vida do outro
Juntos aqui neste chão
Eu chamo o menino
Eu chamo a menina
Para dar as nossas mãos
Eu chamo o menino
Eu chamo a menina
Viva essa união.

PYA GUAPY
Nande pya guapy
Já vya pya guapy pe
Re auri ne ñe’a
Re je peta otcho rekoha
Oño dive pa ko yvyari
ahenoi mitã kuimba´e
ahenoi mitã kuña
Ro joko pende pó
ahenoi mitã kuimba´e
ahenoi mitã kuña
ro vya ro ñemo, iru mba
DIA DE LUAR
Noite clara luar
Muito bom pra dançar
Rala o coco kuña
Bota o milho pra assar
Noite clara luar .
Muito bom pra dançar
A festa vai começar
Mexe a canjica kuña
Um passo pra lá
Um passo pra cá
Quero ver quem vai parar
Noite clara pra dançar
ÑA SAIDY ARÁ
Pyhare ñasãdyporã
Iporã jajeroky
Ei kyty mbokaja kuña
Rehesy avaty
Pyhare ñasaí dyporã
Iporã jajeroky
Jeroky oñe pyruta
Eipy’u canjica kuña
Um passo amoto
Um passo apolau
Maã pa oparata
Iporã jajeroky.
A lenda da mandioca ( MANI)


Olha só que indiazinha que acabou de nascer
Tão branca como a neve que seus pais chamaram de Mani
O pajé lhe deu uma bebida e Mani sorriu
Doente, mas sem dores para o céu ela partiu
Vejam! Que casquinha marrom
Quase da cor dos curumins!
É uma polpa branquinha da cor de Mani
“Vamos chamar de mandioca”, disseram: os Tupis

E hoje é o alimento tão gostoso
Aqui no Brasil
E hoje é o alimento tão gostoso
Aqui no Brasil
Ê ê ê ê ê ô ô ..... ê ô ô ô ô .... ê ô ô ô!
Ha'mi indiazinha onace ramo morote hesacã
~etuaquera ohenoi mani
o paje ome'i devida
ha mani opuca
hasy po no nãndui yvaga pe ha'e oho
pehecera ipire majon
aimete mitã quera cor
yapyte movoti mani pire
nã henoi mandio hei umi tupis
eteia alimento hetereia co Brasil
pe
Ê ê ê ê ê ô ô.... ê ô ô ô ô.... ê ô ô ô!
História de pescador
U
m pescador foi pra beira do rio
Foi pegar um peixe que ninguém nunca viu
Um pescador foi pra beira do rio
Foi pegar um peixe que ninguém nunca viu
Jogou a vara e o que aconteceu?
Uma cobra grande por lá apareceu.

Jogou a vara e o que aconteceu?
Uma cobra grande por lá apareceu.
Por isso corre, corre, corre
pescador
Da sucuri que você acordou
Nada de peixe e todo mundo quer saber:
Cadê a cobra que te fez correr?
O choro do pantaneiro
O índio chorou / o branco chorou
Pantaneiro está chorando
Minhas terras estão queimando
Ai! Ai! Que dor / ai! Ai! Que horror!
O meu pé de sapopema
Minha infância virou lenha
Ai! Ai! Que dor / ai! ai! que horror!
Lá se vai o tuiuiú fugindo desta queimada
E não vai mais voltar
Lá se vai a onça pintada correndo desta queimada
E não vai mais voltar
Lá se a macacada junto com a passarada
Pra nunca mais voltar / pra nunca mais
Nunca mais voltar
Virou deserto o Pantanal / meu rio secou
Pra onde eu vou ô ô ô ô / pra onde eu vou
Eu vou convidar a minha gente pra fazer uma corrente
E ao mundo declarar / declarar
Nada de queimada a vida agora é respeitada
E todo mundo vai cantar
Nosso futuro assim, está garantido
Matar a mata não é permitido
LENDA DA IARA
é um canto que quer encantar
é o canto que faz namorar
pode ir não poder mais voltar
o caboclo se põe a chorar
é a Iara da beira do rio
quando canta dá até arrepio
quem se encantou nunca mais se viu
é o mistério da beira do rio
A PAZ
Para se viver a paz
Basta abrir o coração
Respeitar a vida do outro

Juntos aqui neste chão
Eu chamo o menino
Eu chamo a menina
Para dar as nossas mãos
Eu chamo o menino
Eu chamo a menina
Viva essa união.

PYA GUAPY
Nande pya guapy
Já vya pya guapy pe
Re auri ne ñe’a
Re je peta otcho rekoha
Oño dive pa ko yvyari
ahenoi mitã kuimba´e
ahenoi mitã kuña
Ro joko pende pó
ahenoi mitã kuimba´e
ahenoi mitã kuña
ro vya ro ñemo, iru mba
DIA DE LUAR

Noite clara luar
Muito bom pra dançar
Rala o coco kuña
Bota o milho pra assar
Noite clara luar .
Muito bom pra dançar
A festa vai começar
Mexe a canjica kuña
Um passo pra lá

Quero ver quem vai parar
Noite clara pra dançar
ÑA SAIDY ARÁ
Pyhare ñasãdyporã
Iporã jajeroky
Ei kyty mbokaja kuña
Rehesy avaty
Pyhare ñasaí dyporã
Iporã jajeroky
Jeroky oñe pyruta
Eipy’u canjica kuña
Um passo amoto
Um passo apolau
Maã pa oparata
Iporã jajeroky.
A lenda da mandioca ( MANI)



Olha só que indiazinha que acabou de nascer
Tão branca como a neve que seus pais chamaram de Mani
O pajé lhe deu uma bebida e Mani sorriu
Doente, mas sem dores para o céu ela partiu
Vejam! Que casquinha marrom
Quase da cor dos curumins!
É uma polpa branquinha da cor de Mani
“Vamos chamar de mandioca”, disseram: os Tupis

E hoje é o alimento tão gostoso
Aqui no Brasil
E hoje é o alimento tão gostoso
Aqui no Brasil
Ê ê ê ê ê ô ô ..... ê ô ô ô ô .... ê ô ô ô!
Ha'mi indiazinha onace ramo morote hesacã
~etuaquera ohenoi mani
o paje ome'i devida
ha mani opuca
hasy po no nãndui yvaga pe ha'e oho
pehecera ipire majon
aimete mitã quera cor
yapyte movoti mani pire
nã henoi mandio hei umi tupis
eteia alimento hetereia co Brasil
pe
Ê ê ê ê ê ô ô.... ê ô ô ô ô.... ê ô ô ô!
História de pescador

U

Foi pegar um peixe que ninguém nunca viu
Um pescador foi pra beira do rio
Foi pegar um peixe que ninguém nunca viu
Jogou a vara e o que aconteceu?
Uma cobra grande por lá apareceu.

Jogou a vara e o que aconteceu?
Uma cobra grande por lá apareceu.
Por isso corre, corre, corre

Da sucuri que você acordou
Nada de peixe e todo mundo quer saber:
Cadê a cobra que te fez correr?
O choro do pantaneiro
O índio chorou / o branco chorou
Pantaneiro está chorando
Minhas terras estão queimando
Ai! Ai! Que dor / ai! Ai! Que horror!
O meu pé de sapopema
Minha infância virou lenha
Ai! Ai! Que dor / ai! ai! que horror!
Lá se vai o tuiuiú fugindo desta queimada
E não vai mais voltar
Lá se vai a onça pintada correndo desta queimada
E não vai mais voltar
Lá se a macacada junto com a passarada
Pra nunca mais voltar / pra nunca mais
Nunca mais voltar
Virou deserto o Pantanal / meu rio secou
Pra onde eu vou ô ô ô ô / pra onde eu vou
Eu vou convidar a minha gente pra fazer uma corrente
E ao mundo declarar / declarar
Nada de queimada a vida agora é respeitada
E todo mundo vai cantar
Nosso futuro assim, está garantido
Matar a mata não é permitido
LENDA DA IARA

é um canto que quer encantar
é o canto que faz namorar
pode ir não poder mais voltar
o caboclo se põe a chorar
é a Iara da beira do rio
quando canta dá até arrepio
quem se encantou nunca mais se viu
é o mistério da beira do rio

sábado, 19 de julho de 2008
Desenhos
Regina
segunda-feira, 14 de julho de 2008
sexta-feira, 11 de julho de 2008
paisagens na ida a Aldeia, e apresentações
Essas fotos foram tiradas da janela do ônibus, algumas ficaram embaçadas, mas da para perceber a riqueza da terra, a beleza do lugar, a cultura, tradição do povo, a Aldeia Cerrito. Quando se falava na aldeia, pensava ser como na TV mas aqui é diferente as casas são longe uma das outras. Os alunos gostaram muito.
Uma das meninas do grupo (Lucinara) apontou para esse rio e disse que aqui mora uma sereia, ela se esconde dos humanos.
Època de plantio e colheita do milho.


Uma sas casas da Aldeia cerrito, faz dois meses que chegou a energia elétrica. E já esta aparecendo antenas parabólicas no local.


Mais algumas paisagens do local.








Uma sas casas da Aldeia cerrito, faz dois meses que chegou a energia elétrica. E já esta aparecendo antenas parabólicas no local.


Mais algumas paisagens do local.



Escola indígena na Aldeia cerrito.
Os alunos da escola Cerâmica estavam muito anciosos para apresentarem e conhecerem a aldeia, quando chegaram saíram correndo. Comentaram que era bem diferente do que imaginavam, dançaram, cantaram, se divertiram muito também.


Eu e meus alunos fomos convidados a dançar o Guachiré(dança de festividade), foi muito risos...

Integrantes do grupo se preparando para as apresentações.

Alunos da Aldeia, "uma pose para fotos"

Aluno da escola Cerâmica, dramatizando a música O ìndio pescador!

Foto tirada no caminho de volta.

Nossa, fiquei impressionada, no fundo do onibus, alunos cantavam e batiam palmas até chegar na escola, e olha que são quase 45 minutos, hehehehehe.

Dança "música: Noite Clara Luar"
O rítmo dessa música é muito gostosa para se dançar, ela lembra o forró...

Dançavam bem bonitinhos ao rítmo do forró e arrasta pé.


Conseguiram quebar o peixe, remendaram com fita durex, tadinho do peixe rsrsrsrs

Os alunos da Aldeia Cerrito, são tímidos, mas adoram tirar fotos, riam o tempo todo. Quando as alunas apresentavam as músicas em guarani, eles aplaudiam e cantavam os refrões juntos.
Professora Cristina,ela leciona e mora na aldeia.

Deviam fazer teatro, foi emocionante, a professora narrava em português, mas eles dramatizaram em guarani, incrível, entendíamos tudo. No chão a aluna dramatizando o líder morto, o pagé cantando e passando ervas e fumaça, tentando ressuscitar, imitaram a dor, sofrimento da perda e indignação.
Muito legal, a apresentação de teatro dos alunos da aldeia, mostraram as lutas, mortes de líderes indígenas por fazendeiros."Em defesa á Terra"

Os alunos da escola Cerâmica estavam muito anciosos para apresentarem e conhecerem a aldeia, quando chegaram saíram correndo. Comentaram que era bem diferente do que imaginavam, dançaram, cantaram, se divertiram muito também.


Eu e meus alunos fomos convidados a dançar o Guachiré(dança de festividade), foi muito risos...

Integrantes do grupo se preparando para as apresentações.

Alunos da Aldeia, "uma pose para fotos"

Aluno da escola Cerâmica, dramatizando a música O ìndio pescador!

Foto tirada no caminho de volta.

Nossa, fiquei impressionada, no fundo do onibus, alunos cantavam e batiam palmas até chegar na escola, e olha que são quase 45 minutos, hehehehehe.

Dança "música: Noite Clara Luar"
O rítmo dessa música é muito gostosa para se dançar, ela lembra o forró...

Dançavam bem bonitinhos ao rítmo do forró e arrasta pé.

Essa sucuri heim, foi só risos, porque aparecia mais a cabeça dos alunos, temos que providenciar outra, essa não provoca medo só gargalhadas.kkkkkkkkk
Os alunos se preparando para apresentar a música do pescador.
Os alunos se preparando para apresentar a música do pescador.

Conseguiram quebar o peixe, remendaram com fita durex, tadinho do peixe rsrsrsrs

Os alunos da Aldeia Cerrito, são tímidos, mas adoram tirar fotos, riam o tempo todo. Quando as alunas apresentavam as músicas em guarani, eles aplaudiam e cantavam os refrões juntos.
Professora Cristina,ela leciona e mora na aldeia.

Deviam fazer teatro, foi emocionante, a professora narrava em português, mas eles dramatizaram em guarani, incrível, entendíamos tudo. No chão a aluna dramatizando o líder morto, o pagé cantando e passando ervas e fumaça, tentando ressuscitar, imitaram a dor, sofrimento da perda e indignação.
Muito legal, a apresentação de teatro dos alunos da aldeia, mostraram as lutas, mortes de líderes indígenas por fazendeiros."Em defesa á Terra"
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