MÚSICAS (contadas pelas indígenas: Laudicéia, Lucinara, Maísa, Suiéli, autor das melodias, Claudionor Barbosa)
A PAZ
Para se viver a paz
Basta abrir o coração
Respeitar a vida do outro
Juntos aqui neste chão
Eu chamo o menino
Eu chamo a menina
Para dar as nossas mãos
Eu chamo o menino
Eu chamo a menina
Viva essa união.
PYA GUAPY
Nande pya guapy
Já vya pya guapy pe
Re auri ne ñe’a
Re je peta otcho rekoha
Oño dive pa ko yvyari
ahenoi mitã kuimba´e
ahenoi mitã kuñaRo joko pende pó
ahenoi mitã kuimba´e
ahenoi mitã kuña
ro vya ro ñemo, iru mba
DIA DE LUAR
Noite clara luar
Muito bom pra dançar
Rala o coco kuña
Bota o milho pra assar
Noite clara luar .
Muito bom pra dançar
A festa vai começar
Mexe a canjica kuña
Um passo pra lá
Um passo pra cá
Quero ver quem vai parar
Noite clara pra dançar
ÑA SAIDY ARÁ
Pyhare ñasãdyporã
Iporã jajeroky
Ei kyty mbokaja kuña
Rehesy avaty
Pyhare ñasaí dyporã
Iporã jajeroky
Jeroky oñe pyruta
Eipy’u canjica kuña
Um passo amoto
Um passo apolau
Maã pa oparata
Iporã jajeroky.
A lenda da mandioca ( MANI)
Olha só que
indiazinha que acabou de nascer
Tão branca como a neve que seus pais chamaram de Mani
O pajé lhe deu uma bebida e Mani sorriu
Doente, mas sem dores para o céu ela partiu
Vejam! Que casquinha marrom
Quase da cor dos curumins!
É uma polpa branquinha da cor de Mani
“Vamos chamar de mandioca”, disseram: os Tupis
E hoje é o alimento tão gostoso
Aqui no Brasil
E hoje é o alimento tão gostoso
Aqui no Brasil
Ê ê ê ê ê ô ô ..... ê ô ô ô ô .... ê ô ô ô!
Ha'mi indiazinha onace ramo morote hesacã
~etuaquera ohenoi mani
o paje ome'i devida
ha mani opuca
hasy po no nãndui yvaga pe ha'e oho
pehecera ipire majon
aimete mitã quera cor
yapyte movoti mani pire
nã henoi mandio hei umi tupis
eteia alimento hetereia co Brasil
pe
Ê ê ê ê ê ô ô.... ê ô ô ô ô.... ê ô ô ô!
História de pescador U
m pescador foi pra beira do rio
Foi pegar um peixe que ninguém nunca viu
Um pescador foi pra beira do rio
Foi pegar um peixe que ninguém nunca viu
Jogou a vara e o que aconteceu?
Uma cobra grande por lá apareceu.
Jogou a vara e o que aconteceu?
Uma cobra grande por lá apareceu.
Por isso corre, corre, corre
pescador
Da sucuri que você acordou
Nada de peixe e todo mundo quer saber:
Cadê a cobra que te fez correr?
O choro do pantaneiroO índio chorou / o branco chorou
Pantaneiro está chorando
Minhas terras estão queimando
Ai! Ai! Que dor / ai! Ai! Que horror!
O meu pé de sapopema
Minha infância virou lenha
Ai! Ai! Que dor / ai! ai! que horror!
Lá se vai o tuiuiú fugindo desta queimada
E não vai mais voltar
Lá se vai a onça pintada correndo desta queimada
E não vai mais voltar
Lá se a macacada junto com a passarada
Pra nunca mais voltar / pra nunca mais
Nunca mais voltar
Virou deserto o Pantanal / meu rio secou
Pra onde eu vou ô ô ô ô / pra onde eu vou
Eu vou convidar a minha gente pra fazer uma corrente
E ao mundo declarar / declarar
Nada de queimada a vida agora é respeitada
E todo mundo vai cantar
Nosso futuro assim, está garantido
Matar a mata não é permitido
LENDA DA IARAé um canto que quer encantar
é o canto que faz namorar
pode ir não poder mais voltar
o caboclo se põe a chorar
é a Iara da beira do rio
quando canta dá até arrepio
quem se encantou nunca mais se viu
é o mistério da beira do rio